Em três anos de América pude observar vários aspectos sobre o comportamento do povo americano e nesta segunda parte da série escreverei sobre o tema “em família”. Em sua esmagadora maioria o povo americano faz o que nós chamamos de “correto”. O “certo” para eles é o “normal” e não há mérito algum nisso. Nascimento de um bebê: O nascimento de um filho é programado pelo casal, pois antes mesmo do casamento acontecer, já foram discutidos vários assuntos e os ‘filhos’ não poderiam ficar fora dos questionamentos e projeção familiar. A mamãe e o papai americanos: A mamãe, aquela que permitiu ser gerado o baby no seu ventre, tem todas os cuidados médicos possíveis durante a gestação, pois o casal já previu esta situação e fez o plano particular de saúde, aqui (USA) conhecido por ‘Medcare’. Ela amamentará seu bebê como qualquer mãe o faria. Uma particularidade: Após o parto a mulher americana não tem a cultura de usar cintas (pós parto) com o objetivo de cuidar da flacidez da barriga. Anos depois ela se submete a uma cirurgia plástica com certa tranquilidade financeira. O papai é quem mais cuida do bebê: É uma questão de cultura. Ver um pai carregando um baby em direção ao banheiro (Family Restroom / banheiro para família) num shopping, por exemplo, é normal por aqui. Os banheiros para família são destinados aos pais para conduzirem suas crianças, evitando que elas, ainda pequenas, tenham que fazer suas necessidades nos banheiros dos adultos. Ainda sobre aquele pai se destinando ao banheiro com seu bebê, não se espante, ele irá trocar as fraldas e fazer a higienização necessária do seu filho(a). Quando o estabelecimento não disponibiliza os ‘banheiros para família’ (é muito raro), são oferecidos, mesmo nos banheiros para adultos, ambientes apropriados com mesas, fraldas e tudo o que for preciso. Uma curiosidade: Se a criança estiver num carrinho de passeio e se irritar e chorar para sair, nem o papai nem a mamãe atenderão o pedido da criança através do choro. Quando a criança parar de chorar é que eles darão atenção e talvez o tirarão de lá. Isto representa na educação dos americanos “disciplina familiar”. As crianças têm os seus próprios quartos: Ninguém adentra ao quarto de um filho, seja ele grande ou pequeno, sem a permissão do mesmo. Aquilo que vemos nos filmes americanos, do papai bater na porta do quarto do filho perguntando se pode entrar, é real, sim. Baby-Sister: A criança só vai para a escola (ensino gratuito oferecido pelo governo) aos sete anos de idade. Antes disso, quando necessário, os pais pagam Baby sister (babás por tempo determinado) para ficarem com o(s) filho(s). Os americanos não falam alto: É impressionante a educação deles neste sentido. O ‘papi‘ e a ‘mami’ ensinam aos filhos, desde cedo, que não devem falar alto. Interromper uma conversa entre duas pessoas, só se for extremamente necessário: E a criança é educada para agir assim. Uma vez vi uma criança passar entre a mãe e uma amiga com a qual conversava. Imediatamente a mãe curvou-se e chamou a atenção daquela criança. Há tipos de comportamentos que a educação americana não permite. Por exemplo: Se duas pessoas estiverem conversando e em seguida surge uma terceira pessoa, esta terá que esperar até que uma delas lhe dê atenção. Aos 18 anos de idade o filho deixará a casa dos pais e irá para a faculdade: Este filho somente voltará para aquela casa em suas férias. Muitos deles já não voltam mais e encaram suas vidas pessoais e profissionais à partir da faculdade. Nós brasileiros fomos criados em uma sociedade machista, isto é um fato... por esse motivo o comportamento do homem americano, em família, nos chama a atenção. Sehue o link sobre A saga dos estados Unidos, episódio 2 para você curtir. https://www.youtube.com/watch?v=Dy3dlcmuC2Q