De repente nos damos conta Como nós que nos denominamos Por assim dizer: “Humanos”, Deixamo-nos enganar, veladamente, Por um sonho, um desejo inocente No transcurso de toda uma vida, Seja só ou no seio da família. Vamos vivendo cada ano simplesmente Numa desenfreada corrida.. para nada! E a cada dezembro esperamos Ansiosos a chegada do Natal! Mas, na verdade, não nos preocupamos Em celebrar “o aniversário” especial, De referenciar a figura principal - O “Aniversariante” do Dia: o Rebento! Na verdade, antecipamos essa data, Pois antes mesmo do advento, Os dias que antecedem o Natal, Esses sim, são alegres, iluminados, Envolvendo-nos num clima De euforia e entusiasmo! Compramos roupas e sapatos; Enfeites pra casa e também presentes Para nós, para alguns amigos e parentes. E talvez, sem percebermos A árvore substitui a manjedoura; As luzes pisca-pisca a Estrela; As propagandas o anúncio dos Anjos. E nós: você e eu, que nem Reis Magos somos, Apesar de sermos irmãos de um Rei, Esquecemos o “catecismo” – a maior Lei E assim continuamos escravos Agora do c a p i t a l i s m o Que não tem nada de divino, Muito antes pelo contrário! Mas, se soubermos utilizá-lo Seremos, quem sabe, “alforriados” E aí sim, um belo dia Renasceremos e celebraremos De verdade: Advento, Natal e Epifania. Poema de autoria de Eugenia Carra’h. Poetisa e Membro da Academia Feminina de Letras do Ceará - ADELCE. Datado de 03 de dezembro de 2015, em Fortaleza, CE – Brasil. Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100008275453341